segunda-feira, 2 de maio de 2011

PROJETO DE INCLUSÃO AUDIOVISUAL MUDA O RITMO DE MORADORES DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA/AM




Na cidade de São Grabriel da Cachoeira, localizada a 852km de Manaus, o Projeto de Inclusão Audiovisual coordenado pela publicitária Danielle Nazareno, no mínimo, tirou da rotina a vida de um grupo de moradores muito especiais. Com câmera e tripé, alunos formados por índios yanomamis tiverem a oportunidade de ter contato com as técnicas de filmagem e fotografia. através de oficinas. Esse contato só foi possível graças a um projeto de inclusão em terras indígenas que foi contemplado no Edital de Microprojetos da Amazônia Legal.


Para Danielle, a experiência tem sido surpreendente. Os alunos tem muito interesse em aprender para registrar a cultura de seu povo. De acordo com a publicitária cursos nessa área são muito raros no município. “São Gabriel é muito carente de cultura, de profissionais da área cultural, é preciso que essa prática vá ate eles e desperte o interesse pelo conhecimento, pois temos que divulgar para o Brasil essa diversidade etnocultural existente aqui”

Só para ter uma idéia São Gabriel da Cacheira é considerada a cidade mais indígena do Brasil. Mais de 90% da populacao é indígena e pertence a 23 etnias. A lingua portuguesa é a lingua oficial, mas, o baniwa e o tukano são as linguas co-oficiais do municipio. Por aí é possível ter uma idéia da diversidade de informações culturais que circulam nessa região esperando para ser registrada.

Durante a realização do curso Danielle acompanhou um grupo de alunos que foi colocar em prática os conhecimentos e técnicas passadas durantes as aulas. A missão foi registrar conterrâneos vindos de muito longe, da comunidade de Maturacá (4 horas de voadeira mais duas horas de carro), na qual vieram apenas para participarem de um evento tradicional da cidade, o FESTRIBAL, onde todas as etnias se encontram para apresentar sua dança típica.

O projeto aprovado pelo Minc foi apenas o primeiro passo para a realização de um projeto de inclusão. A vontade de Danielle Nazareno é que os alunos envolvidos se tornem capazes de fazer o próprio material visual. “ mas para isso, é preciso que parceiros apoiem a iniciativa com materiais e equipamentos, como: filmadoras, câmeras fotográficas e laptop, para que os alunos possam ir as suas comunidades e façam o mesmo que fiz para eles, passarem os conhecimentos para as outras pessoas registrarem o seu cotidiano”, complementa Danielle.

Danielle, que também é membro da Associação de Cinema e Vídeo do Amazonas ( ACVA) e Assoc. Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas ( ABD-AM), quer fazer muito mais, implantar um cineclube, uma webradio e outras práticas que levem informação para os jovens estudantes da rede pública de São Gabriel.

Acompanhe o projeto pelo blog: http://inclusaoaudiovisualsgc.blogspot.com/