quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Você tem uma boa história para contar?

Estamos realizando uma pesquisa em Manaus para um filme-documentário e um concurso de histórias interessantes sobre empregadas. Se você tem uma empregada doméstica e uma boa história para contar, escreva e envie para nós no e-mail: filmemanaus@gmail.com ou ligue para (92) 9152-0962.

É necessário que o jovem participante tenha entre 14 e 18 anos. A premiação para o melhor joven documentarista entre todas as cidades participantes é de R$1.500,00.

‘Area de Serviço’ trata-se de um série de três documentários para TV patrocinados pelo FUNCULTURA, Fundo de Cultura do Estado de Pernambuco. O documentário reunirá filmagens realizadas por jovens das cidades de Recife, Manaus, Salvador, Porto Alegre, Brasilia e Rio de Janeiro. Se você tem uma boa história envie-a para nós e entraremos em contato com os selecionados. Divulguem por favor!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Agenda de comemoração pelo Dia do Documentário - Manaus

Por que comemorar o Dia do Documentário?

O documentário foi o responsável pelo registro das primeiras imagens do cinema, o cinema nasceu documentando o cotidiano, a vida.

O filme documentário é muito mais do que um registro imediato dos fatos. Ele é testemunha da História e também uma forma de cada um expressar para a sociedade a sua forma de ver o mundo.

Por isso acreditamos que quanto mais documentaristas estiverem em atividade, mais riqueza de informações teremos, pois cada novo documentário nos traz uma leitura diferenciada. Ele é ferramenta de resgate, denuncia ou afirmação e hoje se impõe a cada dia na medida em que a maioria dos canais de TV e as novas janelas se abrem para este formato, seja de curta, media ou longa duração.

Há uma nova ordem se instalando no audiovisual em todo o mundo e a forma de registrar a realidade é cada vez mais dinâmica e criativa, comportando vários formatos. É preciso adotar e fortalecer políticas e iniciativas, a exemplo do DOC TV, que fez desfilar em horário nobre de TV a diversidades cultural do nosso país através dos documentaristas de todas as regiões.

Fortalecer a identidade cultural do nosso povo, que hoje assume ele mesmo, em todas as regiões, nas escolas e nas aldeias, nos pontos de cultura e nas comunidades, nas cidades e nos rincões, a tarefa de registrar suas próprias imagens, numa prova de que o ato de documentar não tem fronteiras. E a implantação da banda larga nos obriga a pensar em novas alternativas para a democratização dessas imagens e para o fortalecimento dessa atividade.

O Dia do Documentário foi pensado no sentido de destacar a importância desse gênero, fortalecer o seu papel junto à sociedade e estimular a sua visibilidade, bem como de resgatar a obra dos nossos documentaristas que foram esquecidos.

A ABD entende que a criação dessa data comemorativa é uma forma de reunir os diversos agentes envolvidos na produção e difusão de documentários e gerar debates e novas proposições para o setor, firmando-se, assim, como um evento de forte integração e enriquecimento sócio-cultural.

As ABD´s todos estados se mobilizam para a comemoração deste dia. Aqui no estado, a Associação de Cinema e Vídeo do Amazonas terá uma programação de debates, exibições e até a reestréia do cineblube. Todos os eventos com entrada franca.


Dia 7 de agosto foi a data escolhida para o Dia do Documentário


No intuito de dar mais visibilidade ao Documentário e de fortalecer a entidade que foi criada em 1974 para defesa dos seus realizadores e dos cineastas brasileiros, a presidente da ABD Nacional, Solange Lima, convocou todas as representações estaduais para a criação do Dia do Documentário.

Durante três meses, as ABDs dos 26 estados e do Distrito Federal foram consultadas e decidiram por votação o nome de um cineasta para ser o patrono do evento, como símbolo da luta dos documentaristas brasileiros, cuja data de nascimento seria fixada como o dia da homenagem.

Diante da histórica resistência da ABD durante a ditadura militar, mesmo reconhecendo outros grandes nomes da história do documentário brasileiro, o nome mais votado pelas 27 ABDs e pelos cineastas que se manifestaram foi o de Olney São Paulo.

Por que Olney?

Olney São Paulo nasceu em 7 de Agosto de 1936 em Feira de Santana, mais precisamente no município de Riachão do Jacuípe, Bahia, Brasil. Cineasta, documentarista influenciado pelo neo-realismo italiano, ele dirigiu vários filmes, dentre eles os filmes “O Grito da Terra” em 1964 e “Manhã Cinzenta” em 1968/69, este último pivô de um incidente que custou a vida ao seu diretor.

No dia 8 de outubro de 1969, um avião brasileiro foi sequestrado por membros da organização MR-8 e desviado para Cuba. Um dos sequestradores levava consigo uma cópia de “Manhã Cinzenta”, violento libelo contra a ditadura. O filme foi exibido durante o vôo, o que levou os órgãos da repressão a associar o nome de Olney ao sequestro. O cineasta foi detido, torturado e finalmente liberado com suspeita de pneumonia dupla. Ele foi absolvido das acusações, mas, sua saúde nunca mais foi a mesma. Internado várias vezes, debilitado física e psicologicamente, Olney jamais recuperou plenamente e veio a morrer em 1978. Proibido no Brasil, “Manhã Cinzenta” foi exibido e premiado em vários festivais internacionais, como os de Mannheim e Oberhausen.

Sobre Olney, Glauber Rocha comentou em seu livro ”A Revolução do Cinema Novo”: "Olney é a Metáfora de uma Alegoria. Retirante dos sertões para o litoral – o cineasta foi perseguido, preso e torturado. A Embrafilme não o ajudou, transformando-o no símbolo do censurado e reprimido. "Manhã Cinzenta" é o grande filmexplosão de 1968 e supera incontestavelmente os delírios pequeno-burgueses dos histéricos udigrudistas (...) Panfleto bárbaro e sofisticado, revolucionário a ponto de provocar prisão, tortura e iniciativa mortal no corpo do Artista.”